"Amar um leão ou leoa por dia" na diversidade.
- Evandro Prestes Guerreiro

- 12 de jun. de 2024
- 3 min de leitura
"Os professores não somente amam, como vivem o amor de ser o que é todos os dias da jornada", foi assim que respondi a mensagem do grupo em meu app, que é o mais usado no mundo, vai saber o motivo dessa escolha, no "dia dos namorados". Alguns acreditam que "se mata um leão por dia", talvez a frase já insira o diagnóstico, matar, esse é o problema, morrer é parte da natureza humana, então, matar algo, não se trata de ato natural, mas a antecipação da morte, então, o problema não é a morte em si, porém, quando se antecipa o que não é obra humana, tal como criar ou tirar a vida, viola-se a natureza e evita-se que a vida tenha a possibilidade de viver seu ciclo naturalmente.
Amar é a solução na diversidade, entretanto, amar significa viver a jornada amorosa com múltiplas expressões de gênero, rompendo com a ideia tóxica de extremismos, que violam os direitos humanos e a liberdade de cada um escolher como melhor viver cada etapa, processo ou contínua missão de "amar um leão ou leoa por dia", coexistindo com o sonho de uma "lua de mel" todos os dias e, em todos os momentos quando o corpo relaxa para continuar sua trajetória épica.

Amar significa "ser o que exatamente escolheu ser", sem oprimir o sonho do outro. Tarefa difícil e que exige parceria, trabalho em grupo, coletivo e formação de quadrilha, melhor dizendo, "formação de equipe", cumprindo objetivos, metas, traçar"plano de voo", plano de desenvolvimento individual dizem os especialistas de "recursos humanos", sério? Recursos humanos no século XXI? Deve ser bobagem, brincadeira no mínimo cinza, vai! Já que viver 50 ou mais tons de cinzas, torna-se quase impossível, sem graça, faz parte da ideia também tóxica, que a evolução serve para a natureza, me excluindo da responsabilidade pelos "meus atos".
Somos todos responsáveis pelo que nos tornamos, seja escolhendo ou não, decidindo ou sendo decidido. Não interessa agora de quem é a reponsabilidade pela crueldade da guerra que fazemos. Guerras que surgem por ato irracional de decisão intempestiva, por conta da vaidade ferida ou pelo sentimento de ameaça ao que se acredita imutável, contrário a natureza dos fatos.
Fato social, econômico, cultural, ambiental, tecnológico, não importa, o fato será sempre em decorrência do comportamento comprometido do ser humano com sua natureza e seu ego. Somente nos últimos cem anos nos colocamos diante de nossos atos, conquistas, rupturas, avanços, declínios, vitórias e derrotas, diante dos 50 a 40 mil anos de existência do homo sapiens. Nos olhamos no espelho e percebemos um reflexo da imagem que somos agora.

A realidade é a expressão do cotidiano de experiências e vivências que fazemos na jornada. "Amar um leão ou leoa por dia" na diversidade é gostar de quem ou o que vê no espelho da vida, alguns olham diretamente, outros, pelo retrovisor da história. O importante é tomar consciência que somos coletivo, seres que se interconectam e se relacionam como estratégia para assegurar a própria sobrevivência. Thomas Hobbes, economista inglês, concluiu que a forma de evitar que o "homem fosse lobo do próprio homem", seria implantar o contrato social, legitimando regras de coexistência e convivência na sociedade, havendo uma espécie de "transferencia mútua de direitos".
Confiar no outro a ponto de transferir coletivamente os direitos e respeitar o contrato dessa "alienação cidadã", me parece um pouco arriscado e, aprendemos que sair de um Estado militar para um Estado civil, como transferência de poder político-cultural não é algo que se possa garantir bons resultados. Quer dizer Estado Democrático de Direitos é a metáfora institucional do contrato social, mas, você respeita a transferência de sua liberdade e poder de escolha para o Estado, a partir de quem foi eleito pelo seu voto?
"Amar um leão ou leoa por dia" na diversidade signfica que incluimos os grupos vulneráveis, defendendo a liberdade de escolha, o respeito às poliexpressões culturais, sociais, políticas, econômicas, tecnológicas, sexuais e amorosas. Amar o seu semelhante como a si é a causa que se defende no cristianismo, então, não me venha falar de amor, quando é o primeiro ou a primeira a "jogar a pedra" em quem é contrário a sua opinião. Seja coerente com sua crença, valores e atitudes que lhe representam como ser no mundo, assim, quem sabe, amaremos muito mais que matamos a vida na guerra e nas diferentes situações dilemáticas que nos forçam escolher entre amar ou odiar. Se podemos escolher os dois com moderação, o que nos leva a buscar o extremismo?








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